O cenário político nacional ganhou um novo contorno com a declaração do deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) de que apoiará o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), como candidato à Presidência da República. O movimento do parlamentar fluminense, historicamente ligado ao bolsonarismo, é visto como um passo significativo no distanciamento de Otoni de Paula do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Motivações e Críticas ao "Amadorismo"
Em suas redes sociais, o deputado justificou sua decisão com críticas duras ao que chamou de "amadorismo" na política e um apelo à lealdade à pátria em detrimento de "interesses particulares" ou de um "clã". Otoni de Paula enfatizou a necessidade de um nome com experiência para governar o Brasil, destacando a gestão de Caiado em Goiás.
Ele elogiou o governador goiano por:
Ser o "terror do PT", nunca negociando seus valores e convicções.
Transformar o estado de Goiás no estado mais seguro do Brasil.
Promover melhorias na saúde e na educação estaduais.
As declarações de Otoni de Paula sugerem uma busca por uma alternativa de direita que ele considera mais alinhada a princípios de gestão e experiência, resumindo sua visão de fazer política com a máxima: "Articulação não é artimanha; Conciliação não é conchavo; Negociação não é negociata."
O Racha com o Bolsonarismo
O apoio a Ronaldo Caiado consolida o rompimento político de Otoni de Paula com o núcleo duro do bolsonarismo, um afastamento que já vinha se desenhando há algum tempo. O deputado, que foi um dos principais aliados do ex-presidente na Câmara, manifestou publicamente sua insatisfação após a disputa pela liderança da bancada evangélica. Em falas anteriores, Otoni de Paula chegou a afirmar que "a DIREITA é maior do que Bolsonaro", um pensamento que parece guiar sua nova aliança política.
Esse realinhamento de Otoni de Paula, uma figura de relevância na bancada evangélica e na política do Rio de Janeiro, pode fortalecer o projeto presidencial de Ronaldo Caiado, que busca se posicionar como o nome da direita moderada e com experiência executiva para as eleições de 2026.

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