Nem Shonda Rhimes teria peito pra roteirizar a novela que é a política de Itapetinga. E olha que por aqui os episódios têm mais reviravolta que série da Netflix com 5 temporadas e final decepcionante. O protagonista da vez? Ele mesmo: Luciano Almeida, também conhecido como o galeguim dos zói azul — um vereador que subiu feito rojão e agora tenta equilibrar seu brilho entre a presidência da Câmara e os bastidores do poder.
Luciano foi eleito com a segunda maior votação em 2024, surfando na onda da “nova política”, embora carregasse no bolso o crachá de quem já circulou pelas secretarias de Transporte, Meio Ambiente e Educação — sem exatamente deixar uma marca inesquecível.
Mas o galeguim é ousado (e guloso). Deu um chega-pra-lá nos colegas de partido, fez o famoso “vem comigo ou me esquece” e costurou, voto a voto, a presidência da Câmara. Ganhou por apenas um votinho, o que já mostra que não estava nadando em mar de rosas. A promessa era de independência, renovação, moralidade e — claro — “compromisso com o povo”. Mas bastaram alguns meses de mandato para os bastidores começarem a ferver.
Enquanto isso, o clima político na cidade parece episódio de reality: tem prefeito do MDB elogiando Jerônimo Rodrigues do PT, aliados se estranhando em público, e o eleitor se perguntando se Itapetinga virou sede da nova temporada de “Casos de Família – Edição Eleitoral”.
Pra colocar mais lenha na fogueira, o escândalo do “Diga Diga” sacudiu a Câmara. O prefeito Eduardo Hagge tentou dar aquela ligadinha marota pro governador pedindo ajuda, e a Procuradoria do Estado respondeu com um sonoro “vai com calma, campeão”.
Luciano, enquanto isso, tenta se manter distante da linha de fogo — mas o cheiro de fumaça é forte. Corre boato de que pode trocar a cadeira de presidente por um novo posto no executivo municipal, talvez até virar coordenador político em campanha. Nada confirmado, mas em Itapetinga, quando o rio corre, é porque já abriram a torneira lá em cima.
Nos quatro cantos de Itapetinga, o coro dos arrependidos ecoa: “Esse galeguim não puxou nem a sombra do pai!” A política, como a história, tem memória de elefante e pouca paciência com ingratos — cobra com juros, correção e humilhação pública. E assim, aos poucos, a estrela de Luciano vai deixando de brilhar… ou, no mínimo, ficando sem bateria.

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