A recente atitude da nova direção do CETEP de Itororó em bloquear páginas de notícias da cidade em suas redes sociais levanta sérias questões sobre transparência e o papel da informação na comunidade. Tal ação, que impede o acesso a conteúdos jornalísticos, merece uma explicação clara e direta.
O Papel Fundamental da Imprensa Local
A imprensa desempenha um papel crucial na sociedade, especialmente em âmbito local. Ela é responsável por informar os cidadãos sobre os acontecimentos que afetam diretamente suas vidas, desde questões administrativas e políticas até eventos culturais e sociais. Além disso, a imprensa atua como um poderoso fiscalizador do poder público, denunciando irregularidades, cobrando responsabilidade e promovendo o debate sobre temas relevantes para o desenvolvimento da cidade.
Em Itororó, páginas de notícias locais frequentemente cobrem as ações de instituições como o CETEP, fornecendo aos cidadãos informações essenciais para a formação de opinião e o exercício da cidadania. Bloquear o acesso a essas fontes de informação não apenas limita o direito à informação, mas também enfraquece a relação entre a instituição e a comunidade que ela serve.
Bloqueio de Seguidores em Perfis Institucionais: Legalidade e Implicações
A questão sobre a legalidade do bloqueio de seguidores em perfis institucionais é complexa, mas há um entendimento crescente de que tal prática pode infringir princípios fundamentais. Embora perfis pessoais possam ter maior liberdade de escolha de seus contatos, perfis institucionais, especialmente aqueles ligados a órgãos públicos ou que lidam com o interesse público, devem pautar suas ações pela transparência e pelo acesso à informação.
Pesquisas indicam que projetos de lei têm sido discutidos no Congresso Nacional para proibir que detentores de mandatos eletivos e autoridades públicas bloqueiem seguidores em suas redes sociais. A justificativa principal é que tais ações podem ferir princípios constitucionais como o da publicidade dos atos da administração pública. Embora o CETEP não seja um órgão diretamente eleito, a sua atuação e comunicação em redes sociais, quando em caráter institucional, devem, por analogia, respeitar o direito de acesso à informação dos cidadãos. Bloquear o acesso a notícias relevantes, em vez de promover o diálogo, pode ser interpretado como uma tentativa de silenciar ou controlar a narrativa, o que é prejudicial para uma gestão democrática.
Reflexão: Cuidar de Gente ou Afastar o Povo?
Diante deste cenário, fica a reflexão: é este o povo que falava que iria cuidar de gente? A atitude de bloquear o acesso à informação, em vez de promover o diálogo e a prestação de contas, parece ir de encontro aos princípios de uma gestão voltada para o bem-estar e a participação da comunidade. Em vez de criar barreiras, seria mais construtivo para o novo diretor do CETEP abrir canais de comunicação e buscar um relacionamento transparente com a imprensa e, consequentemente, com a população de Itororó.
O que se espera de uma instituição pública é que ela sirva ao povo, e servir ao povo inclui garantir que ele esteja bem informado. O bloqueio de páginas de notícias, em vez de resolver problemas, apenas gera desconfiança e afasta ainda mais a instituição de quem ela deveria servir.


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