Ah, a vida! Uma caixinha de surpresas... ou, neste caso, uma novela mexicana de quinta categoria com toques de "House of Cards" ambientada em Brasília. Após anos de picuinhas, prisões espetaculares e vazamentos seletivos que fizeram a alegria da imprensa, a roda do destino girou, e a "Justiça" (sempre entre aspas quando falamos do Brasil) preparou um prato de vingança fria, servido no porcelanato do Supremo Tribunal Federal (STF).
O protagonista da vez é o ex-juiz e atual senador Sergio Moro, que será julgado (olha só que ironia divina!) pelo ministro Cristiano Zanin. Isso mesmo, aquele que passou quatro anos esgrimando nos tribunais em defesa do seu cliente mais famoso, o agora presidente Lula, e que conseguiu cravar a suspeição do próprio Moro nos casos da Lava Jato. A gente pisca e o roteiro vira!
O bafafá da vez? Uma denúncia por calúnia contra o insubstituível ministro Gilmar Mendes. A acusação é que Moro, em áudio vazado, teria insinuado algo sobre Gilmar ter "vendido" um habeas corpus. O senador, com a inocência de um bebê ou a esperteza de um raposão, alegou que era apenas uma "brincadeira". Brincadeira! Pois a ministra Cármen Lúcia não achou a menor graça e aceitou a denúncia. Parece que, para a Corte, a piada tem limite, especialmente quando o alvo é um deles.
E agora, o ápice da tragicomédia: o julgamento de Moro cai nas mãos de Zanin. É o universo ajustando as contas, meus amigos! Aquele que foi o alvo constante da fúria e das decisões do então juiz, agora tem a caneta na mão para relatar o processo que pode complicar (e muito) a vida política do ex-super-herói da moralidade. É como se o "Super-Homem" da Lava Jato tivesse caído no colo do seu arqui-inimigo legal.
Marquem na agenda: 3 a 10 de outubro. O circo vai pegar fogo! Será que Zanin manterá a imparcialidade de um monge tibetano, como a liturgia exige? Ou fará um "juízo" com um leve toque de sabor agridoce, lembrando-se das agruras do passado? A plateia está ansiosa, de pipoca na mão, para ver este novo capítulo onde a "vingança" (ou seria "justiça histórica"?) promete ser bem mais suculenta do que qualquer delação premiada.
O carma é uma delícia, não é mesmo? Moro, que desfrutou por anos da glória de ser o "caçador", agora sente o cheiro da pólvora do outro lado do balcão, com o seu ex-antagonista em posição de poder. Se isso não é material para uma série da Netflix, eu não sei o que é! E a gente, claro, acompanha tudo com aquele sorriso amarelo de quem já viu esse filme, mas nunca com um plot twist tão saboroso.
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